Issues
Educação e Cooperação: Desafios de uma agenda global
Este número temático da revista Cadernos de Estudos Africanos incide sobre Educação e Cooperação e pretende dar continuidade aos Congressos Cooperação e Educação que, de forma regular, desde 2010 têm sido organizados pelo Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-IUL e o Instituto Politécnico de Leiria. O quarto congresso, que decorreu no ISCTE-IUL entre dias 8 e 9 de novembro de 2018, teve o apoio do Camões I.P., tal como acontece com a corrente publicação, pelo que os organizadores exprimem o seu reconhecimento a essa instituição. Subordinado à temática Cooperação e Educação de Qualidade, o congresso reuniu um conjunto notável de especialistas nesta área, entre os quais a maioria dos colaboradores desta publicação (Barreto, Carvalho & Santos, 2019). A presente edição visa aprofundar e desenvolver algumas das problemáticas abordadas anteriormente nesse fórum através de estudos de caso ou reflexões originais sobre as questões da cooperação em educação, das implicações das políticas de língua, ou ainda sobre a perceção do valor social dos diferentes níveis educativos. São aqui discutidas as implicações das agendas globais no domínio da educação para os países africanos e para Timor-Leste, recetores privilegiados das ações da cooperação portuguesa na área da educação.
Three Decades of Elections in Africa: What have we learned about democracy?
This dossier evaluates the state of African democracy and raises important questions such as: What is the impact of elections on democratisation and turnover? How do voters behave in different types of elections? What explains variations in citizens’ political participation over time? What is the role of political institutions on democratisation and conflict mitigation? Can the internet and social media act as forces of democratisation? The contributions in this dossier address these questions using different types of data and methodologies – ranging from comparative to in-depth cases studies. This methodological pluralism, is in our view an additional strength of this publication.
Working for better lives: Mobilities and trajectories of young people in West and Central Africa
After more than a decade of emphasizing African children’s and youth’s agencies, possibilities and creativities in more or less challenging social, political and economic environments (see Bordonaro & Carvalho, 2010; Christiansen, Utas, & Vigh, 2006; Honwana & de Boeck, 2005; Martin, Ungruhe, & Häberlein, 2016; Spittler & Bourdillon, 2012), other recent studies increasingly highlight the young people’s powerlessness, bleak presents and uncertain futures. Doing so, the image of an enduring social, political and economic exclusion is manifested in popular conceptualizations of “being stuck” (Sommers, 2012), “persistent marginalization” (Resnick & Thurlow, 2015) and probably most prominently in Alcinda Honwana’s (2012) conceptualization of “waithood” (see Dhillon & Yousef, 2009), all implicitly acknowledging the more than twenty year old observation of Africa’s “lost generation” (Cruise O’Brien, 1996). Seemingly affected by deficiencies of various kinds and hence often forced into all sorts of problematic or dangerous engagements in order to – socially or literally – survive, today’s young generation in African settings is widely portrayed to live lives “out of place” (see Invernizzi, Liebel, Milne, & Budde, 2017) and outside social norms. It is this shift back to conceptualizations of children and youth as social problem that this special dossier aims to scrutinize and to challenge.
Ao longo da última década vem florescendo um conjunto de literatura sobre os designados BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, a que mais tarde se juntou a África do Sul), as cinco economias emergentes que se destacam pela rápida industrialização e pela crescente influência a nível regional e internacional. Na sua relação com o continente africano em geral ou com Moçambique em particular, o discurso sobre os BRICS vem-se estruturando em torno de dois polos tendencialmente opostos: por um lado, como uma forma de cooperação Sul-Sul, como uma alternativa a formas neocolonialistas de exploração ou como um modelo alternativo de desenvolvimento para o continente africano; por outro, diversas organizações da sociedade civil têm alimentado um conjunto de preocupações sobre o impacto dos investimentos económicos, quer ao nível ambiental, da segurança no trabalho ou do reassentamento de populações, assim como do secretismo das relações com países africanos, realizando-se críticas a aspetos relacionados com a governação ou a defesa dos direitos humanos.
35 | 2018
Da Resistência Colonial aos Desafios da Contemporaneidade: 40 anos de independência das colónias portuguesas
Em novembro de 2015, o Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, a Fundação Mário Soares e o Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa associaram-se na realização de uma conferência, intitulada Quarenta Anos das Independências. Destinada a analisar as trajetórias da descolonização portuguesa e as transformações nos territórios que, entretanto, se tornaram independentes, a conferência constituiu um marco importante não só na reunião de investigadores de vários centros de investigação, que se debruçam sobre estas temáticas, como também referenciou a vitalidade e sofisticação intelectual de áreas de estudo passíveis de cruzamento e complementaridade. No presente número da revista Cadernos de Estudos Africanos convidamos o leitor a passar em revista uma seleção de trabalhos bastante ricos empírica e teoricamente que abordam um leque variado de questões, produzidos por um conjunto de investigadores diverso e bastante reconhecido nas suas áreas de investigação.
34 | 2018
Desenvolvimento e a Coerência das Políticas
Este número dos Cadernos de Estudos Africanos reúne vários artigos sobre Desenvolvimento e a Coerência das Políticas. As contribuições são baseadas em abordagens multidisciplinares, de tipo politológico, antropológico, sociológico e económico, relativas às relações internacionais e aos estudos africanos, às quais se acresce uma entrevista a Ebba Dohlman, da OCDE. Pretende-se, nesta edição temática, dar um contributo independente, fundamentado e aprofundado para o objetivo de aprofundar a análise do Desenvolvimento e da Coerência das Políticas em várias vertentes, enquanto conceito e instrumento para a prossecução de políticas públicas mais sustentáveis e com maior impacto no desenvolvimento. Esta edição temática resulta de uma parceria entre o Instituto de Marquês de Valle Flôr – IMVF e o Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-IUL, a propósito da divulgação científica dos resultados do projeto “A Coerência das Políticas para o Desenvolvimento – O desafio para uma cidadania ativa em Cabo Verde”. Para além dos textos que compõem o dossiê temático, este número incorpora ainda dois textos que discutem, respetivamente, a importância da obra de Mia Couto na implementação da lei brasileira n.º 10.639/03 e a transparência dos ministérios moçambicanos analisada em conformidade com a legislação.
33 | 2017
Escravidão, Trabalho Forçado e Resistência na África Meridional
Os textos reunidos no dossiê “Escravidão, Trabalho Forçado e Resistência na África Meridional” abordam, num largo arco temporal, o confronto entre as práticas políticas africanas e as dinâmicas decorrentes da presença colonial, tocando em temas centrais da historiografia africanista ao analisar como esses fenômenos ocorreram em Angola, Moçambique e no Congo. Trazem, assim, contribuições significativas para o debate sobre as dimensões da agência africana diante da conquista e do domínio colonial e dos modos de exploração do trabalho, ao mesmo tempo em que exercitam estratégias metodológicas para que essa perspectiva possa ser alcançada por meio de fontes majoritariamente produzidas pelos colonizadores.
Integram ainda este número dois textos que versam, respetivamente, sobre a importância do Caminho de Ferro de Benguela para o desenvolvimento regional e sobre a mediação estatocêntrica na transformação de conflitos armados violêntos em África.
32 | 2016
Desporto e Lazer em África Movimentos Sociais, Estado e Sociedade Civil em África
Este número dos Cadernos de Estudos Africanos é dedicado ao estudo do esporte e do lazer no continente africano. Nele estão reunidos trabalhos do III Encontro Internacional do Desporto e Lazer em África.Os artigos debruçam-se sobre regiões e países distintos, como Etiópia, São Tomé e Príncipe e África do Sul, investigados em um recorte temporal que vai da virada dos séculos XIX-XX, dando conta do processo de expansão colonial, às primeiras décadas do XXI, quando as críticas aos regimes africanos pós-independência ganharam maior intensidade. São abordados temas controversos como as representações nacionais e os benefícios econômicos dos grandes eventos esportivos.Na verdade, é preciso enfatizar o que os textos que compõem esse dossiê apontam: o esporte e o lazer podem ser analisados como objetos em si, mas também como “janelas” que permitem novas compreensões sobre temas mais investigados por estarem denotadamente ligados ao terreno do político e do econômico.
31 | 2016
Movimentos Sociais, Estado e Sociedade Civil em África
Este número dos Cadernos de Estudos Africanos verte sobre os movimentos sociais em África. Se trata de um tema muito presente no debate contemporâneo, mas ao mesmo tempo ainda não conhecido profundamente, considerada a multiformidade e heterogeneidade com que os movimentos sociais se manifestam no continente africano.
30 | 2015
Municípios e Poderes Locais em África
Este número dos Cadernos de Estudos Africanos reúne textos sobre poderes locais em África, mormente sobre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Diga-se, nem sempre os veios históricos se mostram descodificáveis e nem sempre as filiações históricas parecem relevantes. Tratando-se de poderes locais, esta assunção é particularmente pertinente por estarmos a lidar com uma miríade de contextos sociais e de situações políticas a que as diversas estruturas e formas de poder local tiveram de se adaptar.
Este número temático dos Cadernos de Estudos Africanosapresenta algumas das publicações resultantes do projeto de pesquisa African societies facing global dynamics: Turbulences between external intervention, migration, and food insecurity. A ideia subjacente era investigar as dinâmicas globais contemporâneas enfrentadas pelas sociedades africanas, a forma como elas interagem com processos internos de mudança e as respostas destas sociedades a essas pressões.
Este número dos Cadernos de Estudos Africanos divide-se em duas partes. Na primeira parte apresentamos um conjunto de três artigos que têm como elemento comum a análise de temáticas essencialmente de cariz político ou militar. A segunda parte estrutura-se em torno do dossier “Multinational enterprises in Africa: Corporate governance, social responsibility and risk management”.
27 | 2014
Varia e Memória a Patrick Chabal
Abrimos este número dos Cadernos de Estudos Africanos com um texto de homenagem a Patrick Chabal da autoria de Clara Carvalho, directora do Centro de Estudos Internacionais, ao qual se segue uma entrevista realizada por Philip Havik a Malyn Newitt sobre este mesmo autor.
26 | 2013
Em torno das Práticas Desportivas em África
Este número dos Cadernos de Estudos Africanos debruça-se sobre o desporto em África, olhando a sua história e as suas dinâmicas contemporâneas. Reflete, pois, o curso das investigações sobre um fenómeno presente no contexto das práticas do lazer e da evolução da cultura popular no continente.
Abrimos este número dos Cadernos de Estudos Africanos com um conjunto de pequenos textos sobre Mário Murteira Esperamos que este conjunto de testemunhos de Luís Moita, José Pimentel Teixeira e Fernando Florêncio sobre este destacado economista português contribuam para despertar o interesse para uma (re)leitura da sua vasta obra.
24 | 2012
Africanos e Afrodescendentes em Portugal: Redefinindo Práticas, Projetos e Identidades
Este número temático dos Cadernos de Estudos Africanos reúne sete artigos que oferecem outros tantos retratos das condições de vida e de dinâmicas socioculturais recentes entre a população de origem ou proveniência africana e afrodescendente na sociedade portuguesa contemporânea.
Dividido em duas secções – Artigos e Recensões – este número 23 da revista Cadernos de Estudos Africanos inclui artigos centrados não só em países africanos mas também em países onde a influência e a presença de africanos se faz sentir (Brasil e Portugal); artigos que abordam questões culturais, sociais, económicas e políticas; artigos centrados apenas em países específicos (Moçambique e Camarões) e artigos que abordam relações entre vários países e continentes.
22 | 2011
Varia e Dossier “Desafios transnacionais de segurança em África no século XXI”
Este número da revista Cadernos de Estudos Africanos reúne, além de artigos que abordam sob diferentes perspectivas disciplinares um conjunto variado de problemáticas e que vão desde as questões territoriais e identitárias à adivinhação, um “dossier” que agrega artigos que problematizam as relações transnacionais em termos das suas implicações para a segurança internacional com o enfoque nos movimentos de população através de fronteiras entre Estados Africanos e entre Estados Africanos e Europeus. Incluem-se ainda neste número recensões a livros recentemente publicados sobre questões étnicas, políticas, religiosas e identitárias no continente africano.
20 | 2010
Identidades, Percursos e Clivagens nos PALOP
Os artigos reunidos na presente edição dos Cadernos de Estudos Africanos são o resultado de um call for papers por ocasião de 35 anos de independência dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), lançado no ano passado. Devido à recusa da descolonização pela ditadura salazarista, a independência dos PALOP realizou-se quinze anos mais tarde do que na maioria das outras colónias europeias em África, na sequência da Revolução de 25 de Abril de 1974 em Portugal.
18/19 | 2010
Youth and Modernity in Africa
This issue of Cadernos de Estudos Africanos is the outcome of the internacional conference Youth and Modernity in Africa held at ISCTE, Lisbon, in October 2007. The purpose of the event was to explore and problematise the link between generation and change, witnessing the ambiguous and troubled relationship between youth and social and cultural change in contemporary Africa.
16/17 | 2009
Autoridades tradicionais em África: um universo em mudança
O presente número da revista Cadernos de Estudos Africanos consubstancia os resultados científicos debatidos na conferência internacional Autoridades Tradicionais em África: um universo em mudança, realizada no âmbito de uma parceria entre o CEA do ISCTE, a ARDA-LISA de Barcelona, e o Chr. Michelsen Institute de Bergen, e que se desenrolou no ISCTE, entre os dias 1 e 2 de Março de 2007.
Os textos que compõem deste número temático do Caderno de Estudos Africanosprovêm de comunicações apresentadas no Colóquio Internacional “Espírito de Missão”, sobre Trauma e Medicina Humanitária, que teve lugar nos dias 1 e 2 de Junho de 2006 no Instituto Superior de Ciências de trabalho e da empresa (ISTE), em Lisboa, co-organizado pelo Centro de Estudos Africanos – ISCTE (CEA-ISCTE) e pelo Mestrado interdisciplinar em Risco, Trauma e Sociedade (MRTS-ISCTE).
13/14 | 2007
Dinâmicas Políticas, Cidadania, Actores Sociais em África
O presente número de Cadernos de Estudos Africanos reúne sobretudo textos produzidos no âmbito de uma conferência internacional, organizada em Dezembro de 2004, no ISCTE, pelo Centro de Estudos Africanos deste instituto universitário. Intitulada «Política e Actores Sociais em África», esta conferência foi um dos produtos de um projecto de pesquisa realizado no CEA-ISCTE, sobre Regime Reform, Social Actors and Citizenship in Angola.
11/12 | 2007
Empreendorismo, Empresas e Empresários em África
Esta colectânea de textos resultou da conferência internacional «Empresários e Empreendedorismo em África: experiências, reflexões e perspectivas», organizada pelo Centro de Estudos Africanos do ISCTE. Como tal, inclui textos de investigadores e apresentações feitas por empresários nesta reunião.
9/10 | 2006
Memórias Coloniais
No início de 2006, no seio do Africa-Europe Group of Interdisciplinary Studies (AEGIS), que agrega vários centros de investigação europeus de estudos africanos, surge a ideia de promover uma maior ligação e cooperação entre as perspectivas revistas, nomeadamente através da publicação de números temáticos afins, que permitam uma leitura comparada de fenómenos homólogos.
5/6 | 2004
Recomposições políticas na África contemporânea
De 25 a 27 de Setembro de 2002, o Centro de Estudos Africanos organizou no ISCTE, em nome do AEGIS – a rede europeia de estudos africanos – a primeira conferência temática desta rede: Changing Patterns of Politics in Africa. O programa da conferência, que teve no total cerca de 200 participantes oriundos de 18 países europeus e africanos, dividiu-se nos blocos temáticos «Political Structures», «Social Actors in Politics»,«Social Thinking on Politics» e «Politics and the Economy».
4 | 2003
Desenvolvimento e Saúde em África
Este número da revista Cadernos de Estudos Africanos reúne vários textos centrados em duas das problemáticas que desde há muito são objecto de pesquisa e ensino nos Estudos Africanos do ISCTE: o desenvolvimento e a saúde interligada com o desenvolvimento.
3 | 2002
Problemáticas Políticas em África
O terceiro número dos Cadernos de Estudos Africanos dedica-se novamente a uma temática específica, a dos complexos processos políticos que se verificam actualmente nos países africanos. Não se pretende, evidentemente, tratar esta vasta temática de forma abrangente, optando ao invés pelo destaque de algumas das problemáticas fundamentais. Os textos que o número inclui a este título têm duas origens distintas.
2 | 2002
Guerra e conflitos violentos em África
O presente número da revista é composto essencialmente por comunicações apresentadas na conferência intitulada «Guerras e conflitos violentos em África», organizada pelo Centro de Estudos Africanos e o Departamento de Antropologia do ISCTE e que decorreu em Lisboa em Fevereiro de 2002.
É com alguma satisfação que o Centro de Estudos Africanos do ISCTE apresenta o primeiro número da sua revista Cadernos de Estudos Africanos. A iniciativa de lançar esta revista corresponde a uma resolução tomada na sequência de um processo relativamente longo de reflexão.
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